Segunda-feira, 4 de Maio de 2009
Domingo, 26 de Abril de 2009
Estamos a terminar…
Foi com muita satisfação que agarramos mais um projecto do Visionarium.
Seguimos uma metodologia que nos permitiu atingir os objectivos que previamente definimos.
Objectivos:
· Adquirir conhecimentos;
· Pesquisar, seleccionar e organizar informação;
· Integrar as Tecnologias de Informação e Comunicação;
· Mobilizar saberes para a compreensão de novas situações;
· Prevenir o consumo de substâncias psicoactivas;
· Promover o desenvolvimento de capacidades e atitudes;
· Prevenir situações de risco pessoal;
· Depreender da necessidade de desenvolver hábitos de vida saudável;
· Reconhecer a necessidade de tomada de decisões relativa a comportamentos associados à saúde.
· Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns;
· Divulgar projectos desenvolvidos na Escola.
Metodologias
· Criação de Blog;
· Apresentação do Projecto Daphnia “Modelo Biológico para Testar os Efeitos de Drogas no Ritmo Cardíaco”;
· Preparação e manutenção das culturas de Daphnia magna e Chlorella vulgaris;
· Pesquisa bibliográfica;
· Síntese dos conceitos/conteúdos leccionados na unidade “Opções que interferem no equilíbrio do organismo”;
· Aula laboratorial:
· Observação da morfologia;
· Localização do coração;
· Previsão dos efeitos das soluções a testar,
· Classificação das drogas em estimulantes ou depressoras;
· Contagem dos batimentos cardíacos no controlo e nas diferentes soluções;
· Análise de resultados;
· Registo de conclusões.
· Elaboração de tabelas e gráficos;
· Realização de peça de teatro – As Dáfnias no mundo ensombrado das drogas;
· Manutenção do blog.
Realizamos o trabalho com empenho, com muita dedicação. Poderíamos fazer melhor? Com certeza que sim. Quando analisamos as tarefas já desempenhadas encontramos sempre algo que gostaríamos de modificar.
Mas terminamos? Talvez sim, talvez não. Esperamos alguns comentários ao nosso blog, algumas dúvidas que acreditamos poder dar resposta.
Mas voltando ao nosso Projecto, era aprazível vê-las a saltar, principalmente quando as alimentávamos. Mas também ficávamos tristes quando após a observação microscópica as colocávamos num novo goblé com água. Passado pouco tempo estavam sem vida. Mas mais triste ainda foi ter que utilizarmos dáfnias que tinham na sua cavidade incubadora alguns embriões que teriam naturalmente o mesmo destino das progenitoras.
Sabemos que são modelos biológicos e por conseguinte é necessária a sua utilização laboratorial, neste caso para testar drogas que também exercem o seu efeito no ser humano. Tal facto não nos impede de destacar a nossa consternação por estes pequenos organismos.
Esperemos que a actividade tenha contribuído para a nossa formação, enquanto estudantes, mas principalmente enquanto seres humanos.
Apreciem o nosso trabalho,
A Turma Dafniense.
Terça-feira, 21 de Abril de 2009
Aqui fica mais um pequeno excerto da Peça de Teatro – As Dáfnias no mundo ensombrado das drogas.
D3 (Consumidora de droga) – Olhem só para as suas patas! Que cor esquisita, não acham? Ela não deve ter espelhos em casa. Se fosse eu, ia ao gabinete de estética Dafniense—“entre, pague e faça os exercícios no Feirense”.
D1 (Consumidora de tabaco) – Como é que tu podes falar? Eu realmente não olho muito por mim, mas tu também não és exemplo nenhum. A confusão está sempre instalada nessa tua cabecinha oca que já nem sabes quem és…as tuas ideias rodopiam a 200 volts. Coitada…
Entretanto a D2 (Consumidora de álcool) tinha-se deslocado para um canto, escondidinha quase passava despercebida, não fosse ouvir-se o tiritar de frio, até que:
D4 (Não consumidora) – Oh D2 (Consumidora de álcool), e tu, não dizes nada?
Segunda-feira, 20 de Abril de 2009
Respondemos positivamente a mais um desafio.
Começamos a ensaiar uma peça de Teatro, muitíssimo original, tão original que só de pensar em algumas expressões começamos logo a rir.
Vocês vão gostar, nós estamos a adorar.
Aqui fica um pequeno excerto da Peça de Teatro – As Dáfnias no mundo ensombrado das drogas.
D3 (Consumidora de droga) – Alto e pára o baile… Infeliz? Eu? Fala por ti! Eu por mim estou felicíssima. Estou nas nuvens, estou na lua, estou em Marte, estou….
….
D2 (Consumidora de álcool) – Não é bem assim. Durante estas … semanas de gestação, bem tentei não beber, mas o vício é mais forte do que eu. Não posso olhar para uma garrafa, nem que seja de água… dá-me logo vontade de a beber toda desde que contenha vinho, é claro…ah! Ah! Ah!
…
D1 (Consumidora de tabaco) – Olha, Olha! Fala o roto para o esfarrapado! Qual é a tua, oh minha? Com que moral falas? Eu admito que estou sempre envolvida neste fumo, mas é real… Agora tu!? Estás sempre no ar, passeias de nuvem para nuvem, vais à lua, voltas a vir...sempre numa boa, mas que de realidade não tem nada…É só sonho…Ainda se fosse um sonho bem gostosinho com os Anjos, … aqueles que cantam…é claro….
…
D4 (Não consumidora) – Bem, assim não vamos a lado nenhum. O que aprenderam vocês na escola? Foram daquelas alunas que passaram de ano com cinco negativas?
Nunca pensaram nos problemas que advêm, não só para vocês, mas também para os filhos que carregam, do consumo de tais produtos?
…
Quinta-feira, 16 de Abril de 2009
Pela análise das tabelas e gráficos poderemos chegar a algumas conclusões.
· Gráfico A e Gráfico B – verifica-se um aumento do número de batimentos cardíacos das dáfnias quando estas se encontram na solução de nicotina a 0,8g ou na solução de cafeína 0,68g/l quando comparadas com o número de batimentos cardíacos no controlo, sendo esse aumento mais significativo com a solução de cafeína.
· Gráfico C, D e E – Quando as dáfnias são colocadas na solução de álcool verifica-se uma diminuição do número de batimentos cardíacos, sendo progressivamente mais significativa à medida que aumenta a concentração de álcool (de 5,6% até 40%).
· Pela análise do gráfico F constatamos que a cafeína e a nicotina provocam um aumento do número de batimentos cardíacos enquanto o álcool induz à sua diminuição. A linha de tendência adicionada ao gráfico permite concluir ainda a diminuição progressiva do número de batimentos cardíacos com o aumento da concentração de álcool.
Poderemos então concluir que as drogas aqui testadas exercem influência nos batimentos cardíacos da Dapnia magna sendo a nicotina e a cafeína drogas estimulantes e o álcool uma droga depressora cujo aumento de concentração provoca uma diminuição progressiva nos batimentos cardíacos. Portanto, todas as drogas aqui testadas são prejudiciais à vida das dáfnias.
Desta forma, e uma vez que este modelo biológico evidencia respostas fisiológicas básicas muito semelhantes à do ser humano e se comprovou o efeito negativo das drogas no seu ritmo cardíaco, poderemos então inferir que as mesmas drogas deverão afectar o ritmo cardíaco do ser humano.
É fundamental e indispensável adquirir e desenvolver hábitos de vida saudável.
Terça-feira, 14 de Abril de 2009
Cada aluno tinha uma tabela para preencher. Decidimos colocar aqui apenas uma, pois os valores registados não eram muito discrepantes.
| Nº de batimentos cardíacos em 10s | Média (M) | BPM (Mx6) |
controlo | 32 | 31 | 33 | 32,0 | 192 |
solução de nicotina a 0,8g | 35 | 42 | 40 | 39,0 | 234 |
controlo | 33 | 35 | 32 | 33,3 | 200 |
solução de cafeína a 0,68g/l | 58 | 64 | 66 | 62,7 | 376 |
controlo | 33 | 34 | 33 | 33,3 | 200 |
solução de álcool 5,6% | 28 | 28 | 25 | 27,0 | 162 |
controlo | 34 | 34 | 33 | 33,7 | 202 |
solução de álcool a 12% | 27 | 26 | 23 | 25,3 | 152 |
controlo | 33 | 35 | 34 | 34,0 | 204 |
solução de álcool a 40% | 23 | 10 | 9 | 14,0 | 84 |
No entanto calculamos a média para cada solução e respectivo controlo e com os valores adquiridos construímos nova tabela que servirá de base para a elaboração de gráficos.
| Média (M) | BPM (Mx6) |
controlo | 32,1 | 192,5 |
solução de nicotina a 0,8g | 39,4 | 236,5 |
controlo | 33,3 | 200 |
solução de cafeína a 0,68g/l | 59,6 | 357,5 |
controlo | 36,0 | 216 |
solução de álcool 5,6% | 27,5 | 165 |
controlo | 32,1 | 192,5 |
solução de álcool a 12% | 24,9 | 149,5 |
controlo | 33,3 | 199,5 |
solução de álcool a 40% | 14,6 | 87,5 |
Gráfico A e B
Gráfico C e D
Gráfico E e F
Quinta-feira, 26 de Março de 2009
Já agora porque não partilhar o nosso Protocolo experimental?
Cá está!
Protocolo Experimental
Escola EB 2/3 Prof. Dr. Carlos Alberto Ferreira de Almeida
PROJECTO DAPHNIA
Modelo Biológico para Testar os Efeitos de Drogas no ritmo cardíaco
Objectivos:
- Prever, testar e analisar a influência de algumas drogas (cafeína, nicotina e álcool) no ritmo cardíaco de um modelo biológico: Daphnia magna.
- Observar, em tempo real, o modo como as drogas afectam um organismo vivo.
- Promover a cultura científica.
- Fomentar estilos de vida saudáveis.
- Prevenir o consumo de substâncias psicoactivas.
Material: TV, Câmara, Microscópio Óptico, lâminas escavadas, papel de filtro, pipetas Pasteur, algodão, cronómetro, solução de cafeína a 0,68g/L (corresponde a 30% de uma chávena de café forte), solução de nicotina a 0,8g (corresponde a 30% de um cigarro), solução de álcool a 5,6% (corresponde a cerveja), solução de álcool a 12% (corresponde a vinho), solução de álcool a 40% (corresponde a vodka) e material biológico: Daphnia magna.
Procedimento:
A - Prever o que acontece ao ritmo cardíaco das dáfnias quando se adicionam as soluções, contendo drogas.
B - Colocar fios de algodão numa lâmina escavada.
C - Adicionar 2 gotas de Água do Meio.
D - Colocar uma Daphnia magna.
E - Observar a preparação através do microscópio na objectiva de menor ampliação.
F – Registar o número de batimentos cardíacos em 10 segundos.
G – Calcular o BPM (número de Batimentos Por Minuto).
H – Retirar a água da preparação com uma tira de papel de filtro e adicionar 3 gotas de uma das solução a testar.
H – Observar a preparação através do microscópio na objectiva de menor ampliação.
I – Registar o número de batimentos cardíacos em 10 segundos.
J – Calcular o BPM (número de Batimentos Por Minuto).
K – Repetir o procedimento a partir de B para cada uma das outras soluções.
Terça-feira, 17 de Março de 2009
Agora o nosso trabalho é mais complexo.
Mas, tínhamos uma vantagem – o Protocolo Experimental estava feito.
Para facilitar a nossa tarefa e reduzir a margem de erro no que se refere à observação dos batimentos cardíacos, decidimos que todos deveríamos observar as mesmas dáfnias no mesmo período de tempo. Assim, foi necessário associar a televisão a uma câmara e esta ao microscópio óptico, e desta forma a imagem foi visualizada por todos. Como eram muitos os fios que tinham de ser ligados nos locais específicos, foi necessário uma boa dose de calma e paciência para que tudo estivesse a funcionar correctamente. Mas nós não tínhamos pressa, tínhamos tempo, apesar da nossa ansiedade para analisar as nossas dáfnias. Como eram? Teriam ovos? E se tivessem embriões?
Sabíamos que “os nossos bichinhos” constituíam um modelo biológico para testar o efeito de algumas drogas na frequência cardíaca, mas estivemos algumas semanas a manter a cultura, a alimentar, a retirar as carapaças, etc. Mas o que mais nos surpreendia era descobrir de um dia para o outro numerosos pontinhos novos, ou seja, mais dáfnias.
Após a montagem da preparação, com uma dáfnia em água (controlo) e alguns fios de algodão para limitar o seu movimento, colocamos a mesma na platina do microscópio e efectuamos a focagem. Lá estava ela. É muita bonita e muito perfeita, mas tem ovos… E agora? Será que após este tratamento traumático vai sobreviver? A dúvida.
Bem, tínhamos que avançar. Já tinha sido determinado quem iria marcar o tempo e todos os outros alunos iriam efectuar a contagem dos batimentos cardíacos, portanto, como se costuma dizer – mãos à obra.
Umas a seguir às outras foram montadas várias preparações – controlo e respectivas soluções. Foi grande a azáfama, mas conseguimos.
Agora teríamos apenas de registar os batimentos cardíacos na tabela, calcular a média e multiplicar por seis para obtermos a frequência cardíaca por minuto.
Mas, nesta aula já foi impossível. O tempo voou.
Quinta-feira, 12 de Março de 2009
As dáfnias apresentam um conjunto de características que a elegem como prioritária para a realização de testes laboratoriais, sendo utilizada como modelo biológico, por exemplo, para bioensaios, testes de toxicidade, etc.
São organismos simples, que em condições do meio controladas e adequadas se reproduzem assexuadamente, originando num curto espaço de tempo, um aumento significativo do tamanho da população. Por outro lado, com este tipo de reprodução, elimina-se a variabilidade genética, o que permite a obtenção de populações homogéneas e consequentemente a redução de factores de variabilidade.
Acrescente-se ainda que devido à sua natureza e ao seu reduzido tamanho, a manutenção das culturas requer poucos cuidados, sendo apenas necessário proceder à sua alimentação e à remoção das carapaças que vão libertando à medida que vão crescendo.
Se por um lado a Daphnia magna é uma espécie com elevada sensibilidade para uma grande variedade de agentes tóxicos, por outro lado apresenta reacções a esses mesmos agentes de forma muito semelhante ao organismo humano.
Assim foi seleccionada neste projecto para testar o efeito de algumas drogas (cafeína, nicotina, álcool) no ritmo cardíaco.
Quinta-feira, 5 de Março de 2009
As dáfnias são organismos que em condições do meio favoráveis e estáveis, colonizam-no num curto espaço de tempo.
No Verão, no seu habitat natural e em condições apropriadas do meio, as Dáfnias reproduzem-se assexuadamente, por partenogénese, sendo a sua população composta maioritariamente por fêmeas.
No final do Verão, com a alteração das condições do meio, como por exemplo, com a diminuição da temperatura, os ovos que se estavam a desenvolver no interior da cavidade incubadora, dão origem a dáfnias machos que possuem uma ou duas gónadas junto do ânus e que se podem transformar num órgão copulatório, ocorrendo a reprodução sexuada.
Assim, as fêmeas fecundadas vão dar agora origem a ovos de Inverno, ovos produzidos quando as condições do meio são desfavoráveis, e que podem resistir às condições mais adversas.
Assim, se as condições do meio propiciarem a ocorrência da reprodução assexuada, as dáfnias colonizam o meio num curto espaço de tempo, aumentando consideravelmente o tamanho da população. Se as condições do meio forem adversas, terá lugar a reprodução sexuada o que irá permitir para além da perpetuação da espécie uma maior variabilidade genética.
Em laboratório, as condições do meio são controladas, verificando-se por isso a reprodução assexuada.